sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Última Missão (cont.)

A minha memória viaja até quando tinha 17 anos e vivia num parque de roulotes com o meu pai alcoólico e abusivo. A minha mãe há muito que tinha morrido, provavelmente vítima de um dos numerosos ataques de fúria do meu pai. O pouco que ele me disse sobre o desaparecimento dela foi que ela ficou farta de nós e simplesmente foi-se embora. Eu não acreditava numa única palavra. Sim, ela era uma drogada que olhava sempre para o outro lado quando o meu pai praticava os seus golpes de kick boxing no seu saco de boxe preferido: eu próprio; mas ela amava-nos, na sua forma distorcida de amar, e nunca nos abandonaria.

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