Talvez fosse apenas a
minha imaginação, pensei enquanto corria para casa. Nunca um homem tão bem vestido estaria
naquele bairro. Entrei na roulote, ignorando o meu pai desmaiado no chão ao
lado da garrafa vazia de Johnnie Walker. Entrei no apertado quarto de banho e
lavei as mãos minuciosamente, como se para me lavar do que tinha feito. Não sei
há quanto tempo estaria naquela tarefa, quando umas pancadas se fizeram ouvir
na porta. Sequei as mãos e espreitei pela janela e o meu coração subiu-me à
garganta. Era o homem de fato que eu tinha visto. Não era imaginação minha, ele
era bem real e ali estava à porta da minha roulote. Abri a porta, temendo que
ele fosse um polícia, mas também sabendo que não havia escapatória.
-
Boa tarde, jovem. Quero oferecer-lhe um emprego.
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