Estávamos
no nosso sítio habitual: um parque infantil a cair de podre, perto do parque de
roulotes. Uns andavam de skate, outros planeavam o próximo assalto e uns apenas
relaxavam a fumar marijuana. Nisto, reparei num homem a dirigir-se a nós com um
passo decidido. Não era um homem comum, tinha a cabeça rapada, tatuagens
cobriam-lhe os braços, o pescoço e até mesmo a cara e só a forma como ele
andava indicava que ia haver sarilhos. Os outros também repararam nele e
juntámo-nos todos, a trocar olhares apreensivos. Nem assim ele abrandou o passo
e continuou a avançar para nós. Parou a cerca de 5 metros e olhou-nos durante
um momento.
-
Qual de vocês é o Carlos? - perguntou de forma ameaçadora.
Debaixo
da t-shirt dele, notei a protuberância do punho da pistola que ele carregava junto
ao cós das calças.
Sem comentários:
Enviar um comentário