sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Última Missão (cont.)

-Sílvia! Sílvia, acorda, por favor...
Encosto a mão no rosto da minha esposa. Está gelado, ela está morta há várias horas. Tem um corte profundo na barriga, a causa da morte, esvaiu-se em sangue. Olho para a faca ainda na minha mão. A arma do crime. Deixo-a cair no chão e o som que ela faz parece-me ensurdecedor. Não, eu não posso ter feito isto. Não é quem eu sou. Já não. Um pensamento atinge-me como um relâmpago: Susy! Dirijo-me em sprint para o quarto da minha filha de 5 anos. O quarto está intacto mas ela não está em lado nenhum, debaixo da cama, escondida no armário, nada. Olho para o relógio na mesinha de cabeceira, mais por instinto que outra coisa. 7 da manhã. Ela ainda estaria a dormir a esta hora… Talvez… talvez tenha visto o que eu fiz e… fugiu de casa em pânico. Um toque de telemóvel interrompe-me o devaneio. Um toque desconhecido, vindo do meu bolso.

Sem comentários:

Enviar um comentário