Tiro
o telemóvel do bolso e fico a olhar para ele, tentando permanecer-me calmo. A
empregada pousa a chávena de café na mesa.
-
Não vais atender isso, querido? - Pergunta ela, com uma simpatia muito reconfortante
na voz. Eu não respondo, simplesmente porque não estou com vontade para fazer
conversa fiada, e ela vira costas e vai-se embora tão alegremente como veio. Eu
levanto-me e dirijo-me à casa de banho diretamente atrás da minha mesa. Depois
de verificar rapidamente que estou sozinho, fecho-me num cubículo e atendo o
telemóvel, que não parou de tocar este tempo todo.
Sem comentários:
Enviar um comentário