domingo, 19 de janeiro de 2014

A Última Missão (cont.)

Começo a ligar várias engenhocas e monitores. 5 minutos depois está tudo pronto. Pronto para localizar a próxima pessoa que me ligar para o detestável telemóvel. Acedo à lista de contactos e ligo para o único número gravado sob o nome de "Patrão". Deixo tocar apenas uma vez e desligo, esperando que ele apanhe o isco. Nem 30 segundos passam e recebo a chamada. Um último olhar aos monitores indica-me que está tudo em ordem. Atendo o telemóvel e uma voz diferente berra comigo, incrédula e em pânico.
- Está feito?! Como é que é possível?! - Pergunta-me. Consigo perceber que é o mesmo homem, mas sem o disfarce de voz. Ele deve estar realmente muito nervoso para se esquecer desse importantíssimo pormenor.
- Não, não está feito. - respondo cautelosamente - Eu… Eu quero ouvir a voz da minha filha antes de o fazer.
O homem ainda se enerva mais.
- O quê??! Ligaste por causa disso??! - ele grita tão alto que até faz distorção - Tu mata esse gajo antes que eu mate a tua filha!! A próxima vez que me ligares é bom que ele esteja morto!!
A chamada cai e eu olho para o monitor. Uma pequena cruz pisca em cima de um mapa. Uma casa num bairro não muito longe daqui. Olho para a R6. Um vislumbre de um sorriso percorre-me a face. Consigo estar lá em 10 minutos.

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